A saúde integral do ser humano é influenciada não apenas por fatores genéticos e ambientais, mas também por aspectos emocionais e psicológicos. O estresse e as emoções negativas desempenham um papel fundamental na regulação de processos fisiológicos por meio de mecanismos epigenéticos.
Diversos estudos indicam que tanto o estresse crônico quanto as emoções negativas podem impactar a expressão gênica por meio de mecanismos epigenéticos — alterações na atividade dos genes sem modificar a sequência do DNA.
Metilação do DNA:
O estresse crônico pode alterar os padrões de metilação do DNA, ativando ou inativando certos genes, especialmente aqueles envolvidos na resposta ao estresse.
Modificações nas histonas:
Emoções intensas ou prolongadas podem afetar como as histonas — proteínas que estruturam o DNA — são modificadas, influenciando a expressão gênica.
Inflamação crônica:
Emoções negativas podem desencadear respostas inflamatórias persistentes. A inflamação, por sua vez, pode causar alterações epigenéticas com impactos duradouros na expressão dos genes.
Embora a conexão entre emoções, estresse e epigenética esteja cada vez mais evidenciada, ainda não se compreendem totalmente os mecanismos exatos. As pesquisas continuam para:
Determinar a intensidade e duração das emoções necessárias para causar alterações epigenéticas.
Identificar os genes mais suscetíveis a essas influências.
Avaliar se essas alterações são reversíveis e como podem ser prevenidas ou tratadas.
O microbioma intestinal também atua como um mediador essencial entre o estado emocional e a saúde física:
Influencia a produção de neurotransmissores como serotonina e GABA.
Desequilíbrios na microbiota (disbiose) têm sido associados a distúrbios do humor e respostas inflamatórias que afetam a epigenética.